Introdução
Lançador Multipropósito, versão 2 é um lançador para diversos tipos de lançamento, de baixo custo para uma diversa gama de capacidades dos foguetes.
O LMP2 atende aos seguintes requisitos:
- Efetuar lançamentos em ângulos entre 15° e 90°;
- Suportar foguetes com capacidades desde 500 ml até 2 litros;
- Ser de baixo custo de fabricação;
- Ser modular, permitindo montar o foguete no tubo de lançamento de forma desconectada da base, sem a necessidade de desfixar a base do solo;
- Ser desmontável, possibilitando fácil acréscimo e substituição de partes;
- Suportar até 120 psi de pressurização, no mínimo;
- Ser pequeno e fácil de transportar;
Histórico
O LMP2 é a evolução do lançador Lester e foi pensado para corrigir alguns problemas daquele primeiro lançador, além de acrescentar algumas pequenas melhorias.
Os principais problemas apresentados pelo lançador Lester que o LMP2 procura resolver são:
- Vazamento de pressão e água do foguete em pressões superiores a 100 psi;
- Acoplamento complexo do foguete ao lançador necessitando desfixar o lançador inteiro do solo a cada acoplamento;
- O colar de retenção sai da posição em ângulos mais elevados ocasionando a liberação involuntária do foguete;
Evolução do projeto
O LMP2 foi construído a partir do reaproveitamento dos materiais empregados no lançador Lester, que foi desmontado.
A vedação feita com bocal de balão de borracha (balão de aniversário) número 6,5" e esparadrapo foi substituído por anés de vedação de borracha.
Após vários testes, chegou-se à configuração que utiliza fita veda-rosca sobre os aneis de vedação. O uso desse material conferiu ao tubo de lançamento uma vedação que demonstrou suportar pressões até 120 psi sem vazamentos.
O uso da fita veda-rosca se tornou bastante interessante ao garantir, em conjunto com os anéis de vedação, a vedação do bocal do foguete com o uso de um material barato e de fácil substituição.
Resolvido o problema da vedação, o segundo problema passou a ser a retenção/liberação do foguete. Ficou claro que as quatro cintas hellerman (lacres plásticos) usados para reter o foguete não seriam suficientes para suportar a pressão exigida.
Como alternativa, inicialmente foi testado um dispositivo feito com arame, porém não se obteve o resultado esperado, uma vez que o arame era deformado pela pressão.
Em seguida, testou-se a fixação do foguete com dois parafusos, onde a parte superior deles (porca) era encaixada com a argola do gargalo da garrafa e a parte inferior (cabeça do parafuso) era calçada contra o adaptador 20-3/4 do tubo de lançamento.
Essa configuração teve bom desempenho nos testes iniciais, ficando o maior problema com o dispositivo de retirada dos parafusos, que fora feito com arame torcido na forma de um duplo chifre de carneiro (em espiral). Aquele dispositivo tinha a função de mudar a vetorização o movimento da força do cabo de liberação do foguete, porém ele se demonstrou frágil para a tarefa.
Foi testado, então, a ligação direta entre o cabo de liberação e os parafusos, mas a liberação dos parafusos era tarefa que exigia demasiada força. Além disso, os parafusos eram instáveis, caido facilmente do equipamento. Por isso, a ideia foi abandonada.
Por fim, partiu-se para o uso do sistema Clark Cable-Tie utilizando uma maior quantidade de cintas hellerman.
Nessa nova configuração, ao colar de retenção foram adicionadas duas tiras duplas de PET recortadas de uma garrafa PET, prendendo a parte superior de cada dupla ao colar de retenção (com rebites) e a parte inferior, ao tubo de lançamento, com arame, fazendo com que cada dupla de folhas formasse um arco em cada lado do colar, agindo como uma mola pressionando o colar para cima, evitando que ele caisse em ângulos mais elevados de lançamento.
O problema de acoplamento do foguete foi resolvido de forma simples ao separar o tubo de lançamento da base do lançador. O tubo de lançamento é acoplado à base por meio de um adaptador 25-20 e é vedado por um registro do tipo esfera, em substituição à torneira que era utilizada como válvula de segurança no lançador Lester.
Nos dias 28 e 29 de abril de 2018 tivemos o dia de lançamento #4, cujo objetivo era testar o protótipo do LMP2 em sua versão final.
Naquele dia foram feitos vários lançamentos que comprovaram a adequação do LPM2 ao seu propósito e a resolução dos problemas iniciais.
LMP2.1
Como resultado do dia de lançamento #4, verificou-se que o LMP2 estava pronto para o uso.
Contudo, algumas pequenas melhorias ainda serão feitas, para as quais teremos o LMP2.1:
- Substituição das "molas" do colar de retenção por tiras de PET mais finas, visando dar uma melhor aparência para o lançador;
- Substituição do colar de retenção por um novo, possivelmente com cavilhas para acondicionar as aletas dos foguetes; e
- Utilização de uma alça de disparo que possibilite tracionar para baixo o colar de retenção nas duas laterais.